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Novo Mundo Digital – RTP1
Bom dia a todos!
Para aqueles que me seguem em Portugal, estou de regresso com alguns artigos de opinião, coisa que deixei de fazer há alguns anos aqui no blogue por falta de tempo.
Assim, vou tentar retomar.
Hoje falo-vos de um novo programa que a RTP tem, em particular a RTP1. Chama-se Novo Mundo Digital e, como o próprio nome sugere, fala do novo mundo que se tem digitalmente (nomeadamente, com a Internet). Em cada episódio entrevistam autores que se destacaram em diversas áreas através do digital, do mundo online.
Assim, de há umas semanas para cá tenho assistido ao programa e, por diversas vezes, fui surpreendido e, em todas elas, inspirado pelas respectivas histórias.
- Rui Unas: humorista muito conhecido em Portugal (que há uns anos atrás não gostava tanto devido ao tipo de piadas que tinha), mas que criou o famoso Maluco Beleza – uma espécie de podcast mas em vídeo, que conta já com mais de 100 Milhões de visualizações no YouTube. No seu programa ele entrevista diversas personalidades que se destacaram em Portugal e não só.
- Mariana Cabral: também humorista, que criou o canal Bumba Na Fofinha, também conta com milhões de visualizações no YouTube, sendo que, um dos vídeos mais conhecidos foi o vídeo de 5 Regras para visitar Portugal.
Entre muitas outras histórias, que podem ver na página do programa (aqui).
São necessários programas de qualidade nas televisões portuguesas, nomeadamente na RTP (que todos nós pagamos). Como tal, este, que vem sempre acompanhado por dois episódios seguidos, passa às Terças-feiras. Acho que conseguiram passar para a casa dos tele-espectadores que é possível vingar no mundo online através dos exemplos que passaram até agora.
Já conhecem?
Aconselho-vos a ver!
Ljubomir Stanisic muda-se da TVI para a RTP
O famoso chef de cozinha, Ljubomir Stanisic, “muda-se” da TVI para a RTP. Depois de duas temporadas com o programa Pesadelo na Cozinha, agora vai estar num episódio do novo programa sobre a História da Gastronomia Portuguesa.
Portugal tem uma das gastronomias mais ricas do mundo, pelo que a RTP1 convidou os chef’s Ljubomir Stanisic, Kiko Martins, Nuno Bergonse, Marlene Vieira, Diogo Noronha e Susana Felicidade para nos contarem a História da Gastronomia Portuguesa entre o século XVI e o século XX.
Muito interessante!
Estreia já no próximo Sábado, dia 23, na RTP-1. E é o primeiro episódio que conta com a colaboração do chef, para falar na cozinha do século XX.
Já o chef Kiko Martins, ficará com o século XVI.
A não perder!
Mais informações aqui.
The Voice Portugal – 2018
Olá a todos!
Terminou no Domingo a edição 2018 do programa dedicado à Música: The Voice Portugal
Acabou esta edição, que foi a pior edição do programa (pelo menos das edições que acompanhei nos últimos anos)! E digo pior edição não pelos concorrentes que passaram, mas pelas situações que se passaram no programa… e que culminaram com a final de Domingo, escandalosamente política, com um resultado previsível dado aquilo que se viu durante o programa todo! Ora, passo a explicar:
- A ida da jovem Marvi (de Timor-Leste) para a equipa da Marisa Liz e toda a “menina especial” mencionada pelos mentores do programa, dado ter vindo de Timor-Leste;
- A ida de Xanana Gusmão (antigo presidente de Timor-Leste) ao programa da RTP-1, levou muita gente a criticar e a julgar uma passagem da jovem à próxima fase por questões políticas;
- Marisa Liz (artista que admiro muito), escolher a Diana para ir à final e depois verificar-se o ponto abaixo;
- A alteração de regras, de 2017 para 2018, que permitia a ida à final de 5 finalistas (com 4 mentores apenas), permitiu à jovem Marvi, de Timor, a ida à “repescagem” e, por conseguinte, a ida à final;
- Os outros mentores raramente falaram na qualidade técnica da Marvi, referindo apenas o facto de ser uma “menina especial”, de um país que passou por muitas dificuldades e que tinha muito valor por estar ali, longe da família… e, Marisa Liz, falava sempre do facto de ela ser especial e fazia da jovem uma deusa. Ela nem sequer sabia falar português em condições! Se aparecesse algum concorrente que não soubesse falar/pronunciar bem o Inglês (por exemplo), certamente seria excluído por esta razão… A Marvi não, pronunciava mal algumas palavras, penso até que se esqueceu de uma parte de uma canção… mas nunca foi criticada por isso. Aliás, desculparam-na sempre pelo facto de ser… de Timor-Leste;
- Marisa Liz tanto elogiou e comparou a Diana Castro à sua imagem pelo sofrimento de seguir o seu sonho com família de dois rebentos pequenos, mas depois, aparece esta tal regra que mencionei acima…;
- Sondagens que, se já há algum tempo duvidava que existissem, nesta edição acho que confirmei a minha ideia: não acredito que o voto do público conte para alguma coisa;
- A Aurea, que tanto admiro como artista, foi também uma mentora que, infelizmente, desde o início, me surpreendeu pela negativa, pois demonstrou várias vezes ter preferências claras por alguns concorrentes… pondo de parte alguns com potencial superior… mas prefiro não me alongar neste sentido. Ainda assim, acho que a concorrente que chegou à final (Soraia Cardoso) foi uma justa finalista, dados os elogios da Aurea em termos do sentimento da concorrente ao cantar fado… muitas das vezes elogiada/considerada a melhor concorrente a cantar fado em todas as edições do The Voice. Mas por vários momentos, ficava na dúvida se ela ia dar prioridade máxima à concorrente;
- Mickael Carreira e o Anselmo Ralph, este ano, surpreenderam-me ao serem mais imparciais ao escolherem, de facto, quais os melhores artistas para a ida à final!! Carreira, com o Gonçalo Lopes, com uma presença enorme em palco e uma belíssima voz… e, Ralph, com a Vânia Dilac, que vive aqui na minha ilha, São Miguel… e merecia, de longe, um resultado melhor do que aquele de ontem… um 4º lugar.
Com tudo isto, não quero dizer que estou contra a participação da Marvi… acho que todos têm direito, tal como o Leo (emigrante em França), ou Anna Ermakova (russa, a viver em Portugal)… não é isto que está em questão.
Estou sim, insatisfeito pela forma como as coisas decorreram durante o programa todo. A forma como a Marvi foi levada até à final, com poucos elogios e mais referências às dificuldades no país da jovem.
Vânia Dilac: tremendamente elogiada ao longo do programa todo e conhecendo o talento desta mulher, por já a ter visto em grandes espectáculos aqui em São Miguel… levando mesmo a pensar que os resultados do “público” não existiram neste programa!
Diana Castro: também com uma qualidade enorme, mas também foi surpreendida por este resultado, quando esteve sempre na frente das “sondagens”.
Para mim, esta final devia ter sido decidida justamente entre as duas mulheres acima mencionadas… E com a Soraia Cardoso ali à luta no 3º lugar.
Vejam abaixo os 5 finalistas e digam-me a vossa opinião…
Outros lugares onde se menciona a polémica do programa de 2018:
Vitória contestada pelos espectadores
The Voice Portugal: Nunca mais!
“Uma Família Açoriana” – RTP
Estreou ontem na RTP-1 a série de 8 episódios, “Uma Família Açoriana”. Muita expectativa por estas bandas (em São Miguel – Açores), pelo facto de se tratar de uma família abastada de São Miguel.
Produzida pela Cinemate e Cinepalco para a RTP.
Ontem, como tal, assisti à estreia e, após alguns minutos do primeiro episódio começaram a notar-se as primeiras falhas, o que é pena, sobretudo, tendo em conta que mete a RTP pelo meio.
A começar por um pormenor, logo no início do episódio, em que os actores principais (Nicolau Breyner e Maria João Luís) estão na estufa do Palácio de Sant’Ana, quando, no desenrolar da cena, Nicolau Breyner fala e o som pareceu-me ser gravado em estúdio. Porquê? Ouviu-se um eco ligeiro, que não é muito normal dentro de uma estufa… e, ao colocar, posteriormente, uma jarra em cima da pequena mesa, notou-se um som mais natural (ambiente), o que contrastou, claramente, com o som da voz.
E, daí para a frente, não pararam de aparecer situações insólitas:
- Um jovem açoriano, muito conhecido pelas redes sociais (Helfimed), teve, como ele brincou, 7 segundos de fama nesta série… Contudo, apesar de participar na mesma com falas, inexplicavelmente/lamentavelmente, fizeram DOBRAGEM, sim, DOBRAGEM daquilo que ele tinha dito! Porquê?! Não sei… mas, segundo parece, num local em que se fala, sobretudo, sotaque MICAELENSE, cortarem o sotaque de um micaelense, é muito, muito feio! Aliás, acho que não faz sentido absolutamente nenhum grande parte dos participantes terem pronúncia de Portugal Continental! Lá está, o próprio brincou com a situação e mostrou-se surpreendido:
Pois foi, estive a ver e dobraram a minha parte, lool.
Ele disse exatamente o que eu disse, e eu disse naquele preciso tom e representação, mas dobraram para “continental”.
Acho que falei de forma perfeitamente perceptível, no meu micaelense normal que vocês conhecem dos vídeos… e lá ninguém me disse que eu não podia falar micaelense.
Mas faz sentido, porque haveria de ter gente a falar micaelense em São Miguel?
Enfim, sempre é melhor do que legendasPodem ver o vídeo clicando aqui.
Irritou-me profundamente quando vi tal coisa, tal dobragem, que, para quem conhece o Hélder, obviamente, tornou-se descarada… Mais, podiam ter feito o acerto do som com a imagem, que está muito mau!
Não vi o jornalista Norman MacCallum ser dobrado nos anúncios do MEO! Fala com o seu sotaque estrangeirado, o que é normal. Cortarem o pio ao Hélder foi foleiro.
- Numa dos desafios entre os três jovens, falam numa corrida até à Canada Funda… estive a pesquisar, desconheço o local, não cheguei a grandes conclusões, mas o google diz que fica algures na ilha Terceira. Contudo, nas imagens, mostram um pouco de tudo nesta corrida, aparentemente, Furnas, Sete Cidades, para corridas a cavalo… mas aí não estou totalmente certo, dado que as imagens não são muito claras.
- Noutra das sequências do episódio, um dos filhos, Pedro (Nuno Gil), sai a cavalo do Clube Micaelense e vai tratar de negócios… pois bem, ele sai num cavalo e chega noutro:
- E, a parte que mais dúvidas gerou, mas aqui vai… A filha de Vasco Ataíde, Margarida (Maria Leite), e decidem convidá-la para tocar piano… Aqui vai o que aconteceu… Se calhar até é algo normal, mas pareceu-me estranho…
Em termos técnicos não gostei… e, se há coisa que não gosto nada, quando vejo um filme ou série é dar por mim a reparar nas falhas… nesta, foi uma constante, após aquele primeira nota: gravação de falas em estúdio
O positivo da série? As paisagens que passaram de São Miguel, mesmo com o céu nublado, que os meteorologistas/meios de comunicação social do Continente tanto insistem em dizer que é a nossa imagem de marca…
A parte histórica é sempre algo interessante. Sempre gostei de ver séries históricas, mas ver esta deixou-me com curiosidade e expectativas (apesar de não serem as melhores – depois do que vi neste primeiro episódio) para os próximos. Não deve ter sido uma produção barata, como tal, o público exige algo com qualidade.
Vamos esperar pelos próximos para ver se há melhorias ou não. Daqui a uma semana espero estar escrever aqui com mais elogios do que críticas (negativas).